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terça-feira, 5 de abril de 2011

Para emagrecer...

Precisa emagrecer e não sabe como? Já tentou e não alcançou o objectivo proposto?

 Posso ajudar...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Era uma vez...

 "Era uma vez..." eis uma das maneiras mais comuns de começar uma frase aquando de uma ida à farmácia por um utente mais idoso. E começa assim mais uma história de vida muitas vezes sem um final feliz. 

 Aprendemos na faculdade todos os pormenores, toda a teoria, toda a mecanica que está por trás do medicamento mas... e em relação às pessoas? Não será também importante desenvolver competencias sociais e psicológicas na faculdade que proporcione ao aluno um dia mais tarde em contexto profissional saber lidar correctamente com estas situações?
 
  É sabido que a farmácia é procurada, uma grande parte das vezes, como primeira escolha para resolução de problemas ligeiros de saude. No entanto, muitas vezes, é também procurada por quem não tem ocupação durante o dia e assim procure algo mais que, dificilmente a farmácia consegue corresponder, e que é companhia. É por isso que muitas vezes vêem as "histórias"! Assim, são mais uns minutos de conversa e não de solidão!
  A farmácia desempenha deste modo um papel muito social e de apoio. Quer dizer... deveria! pois actualmente as vendas são a prioridade e não a pessoa em si! Porém, não é isto que se aprende na faculdade: "deve dedicar-se tempo suficiente ao utente."
  É importante rever filosofias e dar importância ao que realmente tem importãncia!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Automedicação... um espectáculo

 "Quem melhor do que eu para escolher o medicamento que vai resolver o meu problema de saúde?! Afinal de contas o corpo é meu e ninguém o conhece melhor do que eu próprio, certo?" ERRADO!! Realmente temos sobre o nosso próprio corpo informações que mais ninguém tem, no entanto, impõe-se a questão: até que ponto conhecemos o nosso próprio corpo? Ou melhor ainda: até que ponto conhecemos os limites e reacções do nosso próprio corpo? É simples... não temos! O que acontece é que todo o individuo vai aprendendo ao longo da vida a lidar com o seu corpo e assim conhecendo as suas respostas face aos diversos estimulos do quotidiano tal e qual como acontece com o nosso automóvel ou outro aparelho. 

 O conceito de automedicação transforma-se cada vez mais em sinónimo de facilitismo e excesso de confiança, ou seja, facilitismo no sentido em que é bem mais fácil apenas escolher ou solicitar o medicamento para o problema em causa do que expor o mesmo a um profissional que poderá ter um conselho diferente. Excesso de confiança no sentido de que a grande quantidade de informação que se obtém de fontes fáceis (e por vezes pouco crediveis) através da internet permite criar uma ilusão de conhecimento sobre um problema e respectivo tratamento ou resolução sendo que, deste modo, qualquer outra fonte de informação, como a opinião de um profissional, não seja nada nada relevante. E porque é que seria relevante? Afinal de contas está escrito numa página da internet que o melhor tratamento é o XPTO e consequentemente tem de o ser!!! Nada mais importa! 

 O conhecimento sobre o nosso corpo é importante bem como o conhecimento sobre o problema ou situação em causa. Porém (e claramente assumindo uma posição de melga!!) essa informação não é a suficiente para adquirir medicamentos (sobre os quais não se possui toda a devida informação!) para tratamento ou resolução da situação. 

  Se um médico ficar responsável pela construção de uma casa o resultado quase de certeza que vai ser bem diferente do esperado. Se um engenheiro civil ficar responsável por uma cirurgia às cataratas o paciente com certeza que não vai ficar "bem tratado". Se um jurista ficar responsável pelo aconselhamento de medicamentos com certeza o resultado será perigoso. Ou seja, sem qualquer desrespeito pelas profissões citadas (exemplos ao acaso), a mensagem que importa reter é que todos desempenhamos um papel na sociedade e quando precisamos algo que não se enquadre na nossa esfera profissional então será importante recorrer a quem é especializado na matéria.

  Deste modo, e após uma longa exposição, deve a automedicação constituir uma parte da resolução de um problema de saúde? Deve apenas constituir, quando muito, de base para um aconselhamento por um profissional devidamente habilitado.

  É importante abondonar a ideia do "não preciso de ir ao médico" e o "não preciso de falar com o farmacêutico" porque sei e consigo tratar de mim e ainda porque a automedicação é um espectáculo dado  que permite uma grande poupança em consultas. Pois é... nestes casos diz a experiência que a coisa vai acabar por correr mal, muito mal, de certeza!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Benfica, Porto, Sporting.... Quais as cores do nosso coração

  "Benfica, Porto, Sporting ou o clube da terra.... por quem devo torcer?" 
  Em algum momento da vida eis uma das questões mais importantes a decidir pois todo o nosso futuro estará sempre associado a essa escolha.
 É uma escolha obrigatória? Claro que não MAS... se não for feita corre-se o risco de se ser marginalizado nas conversas de café ou até durante uma boa parte do ensino preparatório, secundário e até universitário! 
 "Qual é o teu clube? És dos vermelhos, azuis ou verdes? És lampião, tripeiro ou lagarto?" Quando surge esta pergunta o tempo pára e durante fracções de segundos passam imensas "lógicas" pela cabeça porque dependendo de qual a resposta a reacção de quem pergunta poderá ser do género "este é dos nossos" ou "enganaste-te na porta pá"...
  Depois de feita a escolha, o rácio sucesso/insucesso da equipa escolhida mantém-se sempre muito variável sendo que o risco de ser ridicularizado por maus resultados ou acusado de ser beneficiado por ganhar está sempre presente. Mas pronto, este risco faz parte do processo de apoio a uma legião em particular.
 A melhor táctica será sempre a do "apoiar quem está a ganhar"...  Aposta ganha!!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A depilação numa perspectiva evolucionista

 A nossa sociedade vive cada vez mais em busca de um ideal de beleza perfeito. 
 Os ginásios estão repletos de pessoas em busca do corpo ideal, as farmácias estão repletas de pessoas a adquirirem produtos para conseguirem a linha ideal, os centros de estética estão cheios de pessoas a tentaram "limar" as ultimas arestas do que procuram ser a imagem perfeita. Um dos aspectos mais solicitados nestes centros é a depilação corporal, total ou parcial. 
 Na ultima década observa-se uma cada vez maior procura da "ceifa do pêlo" por parte dos homens sendo que da parte das mulheres a procura mantém-se.
 Sempre foi uma luta constante ao longo dos tempos a eliminação dos "malditos pêlos" que não param de crescer. Pois bem... a luta continua... agora com novos aliados: os homens. 
  A procura de uma imagem socialmente aceite implica actualmente uma depilação eficaz nas zonas mais expostas como os braços e peito por exemplo.
  Analisando a questão sob um ponto de vista evolucionista, e centrando a questão para a parte estética, observamos uma "disputa" entre dois grandes senhores: Lamarck e Darwin.
 Lamarck afirmava nas suas teorias da evolução que a constante utilização de um dado orgão tinha como  principal consequencia o seu desenvolvimento para além de que os descendentes dariam continuadade ao desenvolvimento desse orgão. Neste caso em concreto, os pêlos do corpo devido à sua constante eliminação vão atrofiando sendo que na descendencia verificar-se-à uma diminuição progressiva da quantidade de pêlos corporais.
  Por outro lado, Darwin, defendia a teoria da selecção natural segundo a qual vão sendo seleccionados de uma forma natural os individuos que melhor se adaptem ao ambiente onde se integram. Ou seja, os homens constituidos por um "belo tapete natural" vão sendo eliminados ao longo de gerações por não serem os mais bem adaptados.
  Bem... dito tudo isto... quer-me parecer que os homens de "pêlo no peito", segundo qualquer teoria evolucionista, tem os dias contados!! Mas a ver vamos...

 O importante é sempre o bom senso!!


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Contracepção oral de emergência

 A contracepção oral de emergência (COE) é cada vez mais solicitada nos espaços de saúde e farmácias dada a facilidade com que pode ser adquirida. Observa-se gradualmente uma mudança nos hábitos da sociedade nomeadamente no uso abusivo deste tipo de contracepção em detrimento de outros métodos contraceptivos. Começa a ser mais fácil pedir a "pílula do dia seguinte" do que uma embalagem de preservativos. Este comportamento torna-se mais evidente nos jovens que iniciam a sua vida sexual.

 A contracepção oral de emergência consiste na administração unica, ou repetida num periodo de 12 horas (consoante a apresentação da marca do fármaco), de uma dose elevada de hormonas (geralmente levonorgestrel e/ou etinilestradiol) e tem eficácia até 72 horas após a relação sexual desprotegida.

 Como a grande maioria dos processos fisiológicos são influenciados pelo sistema hormonal uma administração elevada de determinadas hormonas vai provocar alterações em maior ou menor grau nos ditos processos fisiológicos ocorrendo os chamados efeitos secundários. Estes variam em intensidade e tipo segundo as caracteristicas do próprio organismo podendo até nem surgirem.
 Os principais efeitos secundários são: náuseas, vómitos, tensão mamária, hemorragia vaginal ou privação da menstruação, atraso na menstruação, cefaleias, etc.

  Cada caso é um caso e como tal deve ser devidamente avaliado. É no sentido de se evitarem complicações futuras como alterações da estrutura do endométrio ou até infertilidade que se deve racionalizar o uso deste tipo de contracepção e limitar este a verdadeiras situações de emergência.
 Apenas evitando o uso abusivo é que se conseguirá prevenir com sucesso as complicações mais graves acima descritas (que poderão surgir a longo prazo com um uso abusivo!).


Dr. Fonseca