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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Contracepção oral de emergência

 A contracepção oral de emergência (COE) é cada vez mais solicitada nos espaços de saúde e farmácias dada a facilidade com que pode ser adquirida. Observa-se gradualmente uma mudança nos hábitos da sociedade nomeadamente no uso abusivo deste tipo de contracepção em detrimento de outros métodos contraceptivos. Começa a ser mais fácil pedir a "pílula do dia seguinte" do que uma embalagem de preservativos. Este comportamento torna-se mais evidente nos jovens que iniciam a sua vida sexual.

 A contracepção oral de emergência consiste na administração unica, ou repetida num periodo de 12 horas (consoante a apresentação da marca do fármaco), de uma dose elevada de hormonas (geralmente levonorgestrel e/ou etinilestradiol) e tem eficácia até 72 horas após a relação sexual desprotegida.

 Como a grande maioria dos processos fisiológicos são influenciados pelo sistema hormonal uma administração elevada de determinadas hormonas vai provocar alterações em maior ou menor grau nos ditos processos fisiológicos ocorrendo os chamados efeitos secundários. Estes variam em intensidade e tipo segundo as caracteristicas do próprio organismo podendo até nem surgirem.
 Os principais efeitos secundários são: náuseas, vómitos, tensão mamária, hemorragia vaginal ou privação da menstruação, atraso na menstruação, cefaleias, etc.

  Cada caso é um caso e como tal deve ser devidamente avaliado. É no sentido de se evitarem complicações futuras como alterações da estrutura do endométrio ou até infertilidade que se deve racionalizar o uso deste tipo de contracepção e limitar este a verdadeiras situações de emergência.
 Apenas evitando o uso abusivo é que se conseguirá prevenir com sucesso as complicações mais graves acima descritas (que poderão surgir a longo prazo com um uso abusivo!).


Dr. Fonseca

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